Enfim, começou! Depois de um 2018 extremamente “tenso”, com conflitos políticos diversos e incertezas na Economia, temos, agora, um novo governo (conduzido pelo presidente Jair Bolsonaro) que, ao menos no discurso, sinaliza com uma abordagem mais liberal e mais “pró-mercado” na condução da Economia.
E como os investidores podem ganhar com essa importante mudança de cenário e de postura na condução de Economia?
Neste artigo, vamos ver algumas ideias e insights sobre quais os os melhores investimentos (aqueles que devem “florescer”) nesta nova fase e que tipo de estratégias poderemos explorar.
Mas antes… Vamos a uma “pequena dose de ceticismo” (que não faz mal a ninguém).
“Pé atrás”…
Não se discute que as expectativas são positivas e que o clima geral (ao menos para a comunidade de investidores e empreendedores) é de esperança. Porém, nunca é demais lembrar que Jair Bolsonaro (nosso novo mandatário) não é, exatamente, um “novato” na política. Bolsonaro foi eleito com um discurso pró-mercado, pró-negócios e agressivamente liberalizante, mas, ao longo de suas décadas de atuação no Poder Legislativo, sua atuação não foi exatamente “alinhada” com o discurso adotado na campanha presidencial.
A torcida é para que Bolsonaro realmente tenha se convertido para o “lado liberal da força” (ressaltando que é “liberal” no contexto econômico, pois liberal no sentido de comportamento ele nunca foi e nunca fingiu ser…). Mas não se deve descartar a hipótese (ainda que remota) de que seja mais discurso do que substância… Bem, acho que os cem primeiros dias dirão “a que ele veio”.
Enfim, assumindo que nossa economia caminhe no sentido da liberalização, quais são os instrumentos de investimento em que os investidores (especialmente os pequenos investidores) devem “ficar de olho”?
Renda fixa
Há décadas que a renda fixa é a categoria de investimentos dominante no Brasil. Aliás, temos aqui uma situação anômala (para os padrões mundiais) onde o desempenho histórico da renda fixa supera a renda variável (resultado dos nossos juros anormalmente altos).
Se a economia “endireitar”, isso tende a mudar, e a renda fixa poderá perder parte de sua atratividade.
No curto prazo, nossas taxas seguem muito atrativas (especialmente nos títulos públicos de longo prazo). Mas, se o Governo “acertar” na condução da economia, os juros tendem a caminhar para patamares mais baixos. Aliás, uma dica: o site Trading Economics consolida as taxas de juros dos diversos países – veja como está o Brasil em relação ao resto do mundo, em particular as economias desenvolvidas.
Bolsa de valores e renda variável em geral
Aparentemente, a bolsa (ações, ETFs e outros ativos de renda variável) deverá ser a “estrela” deste novo período. No segundo semestre de 2018 a bolsa brasileira “ignorou solenemente” o clima ruim no resto do mundo e cravou novas máximas.
As perspectivas são boas e são esperadas novas aberturas de capital (os “IPOs”) em 2019 e nos anos seguintes. É importante ressaltar que investir em empresas novatas (que acabaram de fazer IPO) não é algo que se costuma recomendar para investidores iniciantes, mas “novos entrantes” na bolsa são sempre um sinal de economia mais saudável.
E, se estiver em dúvida sobre quando é um “momento adequado” para entrar na bolsa, dê uma conferida na minha famosa “Fórmula Besta”.
Imóveis e fundos imobiliários
O mercado imobiliário passou, nos últimos anos, por um período de euforia seguido de uma dolorosa depressão… Espera-se que o mercado imobiliário “volte a respirar” e, quem sabe, haja uma retomada em bases mais racionais e sustentáveis.
Aqui, o destaque vai para os fundos imobiliários, que são o veículo ideal para pequenos investidores que buscam exposição ao mercado imobiliário. Os fundos imobiliários (FIIs) também deverão ser o “caminho natural” para aqueles investidores que buscam renda recorrente e que estão (ou estarão…) insatisfeitos com os retornos da renda fixa.
Curto prazo e “reserva de emergência”
Aqui, nada muda! Independentemente do que acontecer com juros e bolsa, a renda fixa pós-fixada (e de alta liquidez) segue sendo o “porto seguro” para aquele dinheiro de curto prazo.
Para finalizar: O clima é de otimismo, mas também de incerteza. Então, o investidor não deve descuidar do gerenciamento de riscos. As “regras de ouro” são: Tenha expectativas realistas e diversifique SEMPRE!
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