03/12/2020 • • por Andre Massaro

As melhores dicas de educação financeira de todos os tempos


Neste artigo, vou listar aquelas que são (na minha visão e experiência no assunto – que não é curta…) quais são as melhores dicas de educação financeira… de todos os tempos!

Quero começar ressaltando que educação financeira é mais do que, simplesmente, “informação financeira”. Educação financeira não está associada, apenas, a conhecer conceitos de finanças, mas sim a TOMAR DECISÕES com seus recursos.

Mas vamos lá, para aquelas dicas que são as mais importantes e relevantes para ter uma vida financeira “em ordem” e próspera.

1ª dica – Educação financeira pelo exemplo

A educação financeira se tornou um assunto tão importante (e tão “crítico” para a própria estabilidade da sociedade) que se tornou até parte da grade escolar.

Porém, se você tem interesse em fomentar práticas de educação financeira em sua família, não deixe essa responsabilidade nas mãos da escola.

Apesar de todos os esforços de professores e educadores, é difícil vencer a influência que vem do próprio ambiente familiar. Então, lembre-se que a educação financeira “mais forte” é aquela que começa em casa. E lembre-se, também, que boa parte da aprendizagem infantil ocorre via observação de exemplos e imitação.

Por isso, seja VOCÊ o exemplo de educação financeira em sua própria casa.

2ª dica – Saiba a diferença entre “desejo” e “necessidade”

Uma das principais dicas de educação financeira é saber a diferença entre desejo e necessidade.

É uma dica que parece meio “boba”. Afinal, quem não sabe o que é desejo e o que é necessidade?

O problema é que passamos boa parte de nossas vidas tomando decisões de forma inconsciente ou semiconsciente, no “piloto automático” (por conta de nossos vieses cognitivos) e, quando estamos nesse estado onde não nos encontramos totalmente “presentes”, é fácil confundir as duas coisas.

Inclusive, a propaganda e a linguagem publicitária são especialistas em “falar com nossas emoções” (uma forma de contornar nossa mente consciente) para tentar nos convencer de que aquilo que é um desejo é, na verdade, uma necessidade.

A confusão entre desejo e necessidade leva a pessoa ao consumo impulsivo ou em excesso, e isso é a “porta de entrada” para o endividamento.

3ª dica – Endividamento é escravidão

O endividamento é o resultado de usar recursos que não temos. Por isso insisto na tese de que as dívidas nunca são o “problema”, e sim a consequência.

Ocasionalmente, pessoas precisam se endividar (algumas obrigações da vida não esperam pelos recursos), mas é algo que deve ser evitado a todo custo – especialmente em um país como o Brasil, que tem taxas de juros altíssimas para o crédito ao consumo.

O endividamento coloca a pessoa em situação de grande fragilidade e, virtualmente, de “escravidão”.

Isso acontece, em particular, quando as taxas de juros são altas e as dívidas crescem de forma descontrolada.

Nesta situação, a pessoa nunca consegue se livrar das dívidas e se torna, efetivamente, “escrava” delas.

E, eventualmente, em casos extremos, o endividamento pode levar à falência pessoal.

4ª dica – Planeje suas finanças

Planejar as finanças significa ter conhecimento de seus recursos financeiros e saber como alocá-los e utilizá-los. Se educação financeira é associada com “tomar decisões”, podemos dizer que o planejamento financeiro é o elemento mais importante do processo de educação financeira, pois é onde decidimos como e onde usar o dinheiro.

Adotar o planejamento financeiro na própria vida não é uma coisa difícil, mas é algo “chato”.

Poucas pessoas acham agradável analisar as próprias finanças (especialmente quando não estão tão boas…), fazer registros e, com frequência, ter que fazer “malabarismos” para não estourar o orçamento.

Por conta dessa “chatice”, muita gente abandona o planejamento financeiro e, o resultado disso, é que a vida vira uma verdadeira “zona” (e aí as pessoas descobrem o que é chato de verdade…).

Por isso, a melhor coisa é “forçar um pouco” a adoção do planejamento financeiro, até que ele se torne um hábito e passe a ser feito no “piloto automático”.

Quando chegamos nessa fase, já não sentimos mais a “chatice” e passamos a colher os benefícios.

Leia aqui:

Como se organizar financeiramente

Como fazer um planejamento financeiro pessoal

5ª dica – Viva abaixo de sua capacidade

No mundo da educação financeira, é comum se falar em “equilíbrio financeiro”.

O equilíbrio não é uma situação desejável, pois significa que se está gastando exatamente aquilo que se recebe (e não sobra nada).

O ideal é ter um “desequilíbrio positivo”, onde se gaste menos do que ganha e sobre dinheiro.

“Sobrar dinheiro” é fundamental para a construção de patrimônio e de reservas para o caso de imprevistos e eventualidades.

O dinheiro que sobra pode (na verdade DEVE) ser investido, de forma que sua capacidade de ganhar mais dinheiro sempre aumente ao longo do tempo.

6ª dica – Tenha reservas de emergência

No item anterior, falamos da importância de “fazer sobrar dinheiro” para formação de patrimônio e reservas.

A sequência correta seria, primeiro, “fazer reservas” e, depois, se preocupar com o patrimônio.

A chamada “reserva de emergência” é uma das prioridades da pessoa financeiramente bem educada. É preciso ter reserva de emergência pela simples razão de que “emergências acontecem” – e elas nunca acontecem com data marcada.

O dinheiro da reserva de emergência deve ser investido, mas existem regras muito claras e rígidas para o investimento dessa reserva.

E não se deve desviar dessas regras, sob o risco de não poder contar com seus recursos se uma emergência, de fato, acontecer.

Leia aqui: Reserva de emergência – o guia definitivo

7ª dica – Invista

A definição formal de investimento é “empregar capitais com o objetivo de obter lucro”.

A palavra “capitais”, no conceito econômico mais estrito, representa “recursos” de uma forma ampla (não só dinheiro, mas todos os tipos de recursos).

Por isso, “Investir” não é, somente, investir dinheiro. Quando você gasta seu tempo ou usa suas habilidades para fazer algo, na expectativa de obter algum retorno, está “investindo”.

O investimento é o caminho para o enriquecimento.

Leia aqui: Um guia de estudos para quem quer começar a investir

“Enriquecimento” é um termo vago e subjetivo – e cada pessoa tem uma ideia diferente do que é “ser rico”.

Mas, se a palavra “enriquecimento” te incomoda ou gera algum tipo de desconforto, troque-a por “liberdade financeira”.

Investir (seja investir seu dinheiro ou investir em suas habilidades profissionais) é algo que aumenta sua capacidade de gerar mais recursos. O que, por sua vez, aumenta o seu grau de liberdade financeira.

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